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Confiança dos industriais sobre economia retoma estabilidade em junho
Na comparação com junho de 2010, o indicador diminuiu 8,1 pontos e está abaixo da média histórica
A confiança do empresário industrial sobre a economia e a situação das suas empresas, que há quatro meses, apesar de otimista, registrava queda, manteve-se estável em junho na comparação com maio. O indicador aumentou 0,4 pontos de um mês para o outro, atingindo 57,9 pontos, o que confirma manutenção do otimismo do empresariado. A informação é do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira, 20 de junho. O ICEI varia de zero a cem. Valores acima de 50 pontos indicam empresários confiantes.
Na comparação com junho de 2010, o indicador diminuiu 8,1 pontos e está abaixo da média histórica, de 59,7 pontos. De acordo com o economista da CNI Marcelo de Ávila, apesar da estabilidade no otimismo dos empresários verificada de maio para junho, a previsão é de que suas expectativas retomem a trajetória de queda registrada desde janeiro último. “Essa trajetória deve continuar porque as condições da economia são desfavoráveis aos negócios, com taxa de juros crescente, câmbio valorizado e desaceleração do crédito”, explica Ávila.
O ICEI é formado por quatro indicadores, reunidos em dois grupos – avaliação das condições atuais da economia e da empresa em relação aos seis meses anteriores e expectativas para os próximos seis meses também sobre o desempenho da economia e da empresa
Pessimismo - Na avaliação das condições atuais em comparação aos seis meses anteriores, os empresários continuam pessimistas. O indicador manteve-se igual ao do mês de maio, com 44,9 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos.
Dos 26 setores da indústria de transformação analisados, 24 registraram opinião de piora da economia. Somente os empresários do setor de outros equipamentos de transporte declararam-se otimistas sobre o momento atual da economia em relação aos últimos seis meses, com 52,4 pontos, enquanto os industriais do segmento de refino de petróleo acreditam estar havendo estabilidade na economia, com o indicador marcando 50 pontos.
Na avaliação da situação atual da empresa comparativamente a seis meses atrás, o indicador encontra-se estável, na linha divisória dos 50 pontos. Os empresários da indústria de transformação são os únicos que estão pessimistas nesse quesito, com indicador abaixo da linha divisória dos 50 pontos.
Apesar do pessimismo em relação às condições atuais da economia e da empresa, os industriais estão otimistas sobre as perspectivas dos próximos seis meses. Tal indicador, que registrou 62,6 pontos, manteve-se praticamente estável em relação ao mês passado, com aumento de 0,5 ponto. O indicador de expectativas sobre a economia marcou 57,4 pontos e em relação à empresa atingiu 65,1 pontos, ambos acima da linha divisória dos 50 pontos.
A pesquisa do ICEI foi realizada entre 31 de maio e 15 de junho, com 2.216 empresas, das quais 1.153 pequenas, 730 médias e 333 de grande porte.