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Copom surpreende com tom mais duro ao elevar juros e FED mantém taxa, analisa CEO da FMB Investimentos

Banco Central brasileiro sinaliza novas altas, enquanto Fed adota cautela diante da inflação e incertezas políticas nos EUA, destaca Fernando Bento

Autor: De Assessoria de ImprensaFonte: Fernando Bento

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano, em uma decisão amplamente antecipada pelo mercado. O que surpreendeu, no entanto, foi o tom mais duro do comunicado divulgado após a reunião, indicando que novos aumentos devem ocorrer, mas possivelmente em um ritmo menor. Segundo Fernando Bento, CEO e sócio da FMB Investimentos, essa sinalização reforça a preocupação da autoridade monetária com a inflação persistente.

"O Copom deixou claro que a inflação segue elevada e não está cedendo na velocidade esperada. Isso justifica a manutenção de uma política monetária mais restritiva por mais tempo", explica Bento.

Além disso, o Banco Central ressaltou que os sinais de desaceleração da economia ainda são incipientes, o que reforça a necessidade de um controle mais rígido sobre os preços. Agora, o mercado aguarda a ata da reunião, que será divulgada na próxima semana, para entender melhor os próximos passos da autoridade monetária.

"O tom da ata será fundamental para calibrar as expectativas do mercado. Se houver uma ênfase maior na persistência inflacionária, podemos ver revisões nas projeções para a trajetória da Selic nos próximos meses", acrescenta o especialista.

Fed mantém juros e monitora incertezas econômicas

Enquanto o Banco Central brasileiro endureceu o discurso, o Federal Reserve (Fed) manteve as taxas de juros nos Estados Unidos inalteradas, em linha com as expectativas do mercado. O presidente do Fed, Jerome Powell, reafirmou que a recente alta da inflação no país é transitória, atribuída, em parte, ao impacto das tarifas impostas durante o governo Trump, mas sem sinais de um efeito prolongado sobre os preços.

No entanto, Powell também reconheceu que a conjuntura política atual adiciona mais incerteza ao cenário econômico, reforçando a necessidade de um monitoramento contínuo das decisões do comitê. Para Fernando Bento, a mensagem do Fed foi de cautela, mas sem grandes mudanças na trajetória esperada para os juros.

"O Fed manteve sua projeção de pelo menos duas reduções nos juros ainda este ano, mas deixou claro que tudo dependerá da evolução dos indicadores econômicos. Isso significa que, se a inflação continuar pressionada, essa flexibilização pode ser adiada", analisa Bento.

A decisão de manter os juros inalterados reforça a postura do banco central americano de aguardar mais dados antes de fazer qualquer ajuste significativo. O mercado seguirá atento às próximas divulgações econômicas e aos discursos de membros do Fed para captar sinais sobre possíveis mudanças na política monetária nos próximos meses.

"O cenário global segue desafiador, com bancos centrais lidando com pressões inflacionárias e riscos de desaceleração econômica. Tanto o Copom quanto o Fed estão adotando uma abordagem prudente para garantir um equilíbrio entre crescimento e controle da inflação", conclui Bento.