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Analisando o momento atual, aceito uma nova proposta de emprego?

O trabalho na vida do homem tem um papel essencial, não só com relação a subsistência, mas com relação a essência

Autor: Patrícia Carneiro PessoaFonte: A Autora

O trabalho na vida do homem tem um papel essencial, não só com relação a subsistência, mas com relação a essência, fazendo que tenha significado na sua realização como ser humano. Diante disso, a escolha da carreira e a empresa onde vai exercer as suas atividades profissionais é imprescindível. Qualquer profissional deve ter de maneira sólida a sua visão de futuro, aonde deseja chegar, seus sonhos e aspirações, no que diz respeito à área profissional. E de forma clara, a partir deste ponto, estabelecer e executar planos relacionados ao acúmulo de competências e desenvolvimento contínuo, bem como verificar as empresas que vem ao encontro de seus desejos e valores.

Considerando uma proposta de troca de emprego é preciso avaliar a empresa, sua marca e crescimento no mercado, bem como o escopo do que foi oferecido. Existe possibilidade de carreira e ascensão, e em que áreas você terá oportunidade de atuar? É mais vantajoso que a empresa atual? É uma instituição que, historicamente, permite aos seus colaboradores construírem uma carreira oferecendo oportunidades, e que, caminha na prática contínua de desenvolvimento das competências individuais?

Ressalte-se a importância dos colaboradores sempre buscarem seu próprio desenvolvimento através da ampla variedade de possibilidades disponíveis no mercado. É benéfico considerar o cargo proposto e oportunidades de desenvolvimento profissional através também de oferecimento de cursos e especializações.

Outro ponto a ser analisado é se a empresa em questão tem um bom ambiente de trabalho, entendido como o clima organizacional. Passamos mais tempo correspondente neste local, do que em casa. As condições que se vivem nesse ambiente, onde o trabalho em equipe, a ética e o bom relacionamento interpessoal sejam valorizados, constituem fatores que estimulam a motivação e a retenção de colaboradores em uma empresa. É informação geralmente disseminada no mercado.

Mais do que nunca se deve conferir como ficará a sua qualidade de vida com relação a distância da residência, e se a nova empresa impõe necessidades frequentes de horas extras ou viagens inesperadas. Sendo assim o horário de trabalho deve ser considerado, bem como as necessidades familiares. Por exemplo, se precisará trabalhar aos finais de semana, impactando neste contexto. Observar se a proposta apresenta horários flexíveis, caso lhe interesse, bem como a autonomia.

Salários e benefícios devem ser avaliados, principalmente fazendo-se uma análise em que fase da sua carreira o profissional se encontra. Geralmente as empresas trabalham com 30% a 40% a mais do que seu salário atual, e fatores como bônus e participações em resultados são bem atraentes. Ao longo do tempo o que se observa é que, as empresas vêm incorporando benefícios cada vez mais inovadores, apostando na valorização dos profissionais, incluindo nisto os benefícios flexíveis e aqueles relacionados a promoção da qualidade de vida no trabalho. Conceder benefícios aos colaboradores traz resultados relacionados a redução do absenteísmo e da rotatividade. A contribuição, a autonomia e os feedbacks positivos dos resultados construídos pelo colaborador reforçam o orgulho em pertencer àquela instituição, e consequentemente, a retenção daquele talento.

A concessão dos benefícios traz vantagens tanto para as empresas, quanto para os seus colaboradores, mesmo sabendo-se que não é algo tão simples, já que muitas variáveis devem ser estudadas, customizadas e devem possuir coerência jurídica. É prática na área de Recursos Humanos incentivar o investimento em benefícios, até porque eles podem ter um grande impacto no custo de vida dos colaboradores, já que os salários sofrem descontos tributários.

Quando lidamos com pessoas, e com profissionais vinculados a uma instituição, sabemos que a satisfação de suas necessidades deve ser entendida sob o âmbito de vários aspectos. Para isto então a área de gestão de pessoas precisa conhecer seus colaboradores no que tange suas realidades e momentos de carreira.

Decidir levando em consideração todas as variáveis, pode não levar a um aumento tão expressivo, mas as vantagens e benefícios podem valer muito a pena.

 

Patrícia Carneiro Pessoa Pousa tem 27 anos de experiência na área da saúde/hospitalar com atuação em hospital de grande porte. Experiência empresarial no segmento da Gestão de Pessoas, Qualidade, Projetos e Planejamento Estratégico. Gerencia os Sistemas de Pessoas, com expertise na elaboração e desdobramento em projetos de RH. Experiência como docente, atuando na Fundação Getúlio Vargas. Mestre (MSc) pela Unicamp, MBA em Gestão de Saúde pela FGV, MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pela FGV. Especialista na área de Projetos na Suécia pela Swedish Internacional Development Agency. Consultora em Gestão de pessoas, Liderança e Planejamento estratégico para ONGs.